sábado, 8 de setembro de 2012

MELHORES ESCOLAS PÚBLICAS DE 1º A 4º ANOS DO MARANHÃO


O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta terça-feira (14) os resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2011.

Veja as melhores escolas públicas do Maranhão, segundo os dados.

MELHORES ESCOLAS PÚBLICAS DE 1º A 4º ANOS DO MARANHÃO

fonte: portal UOL



MUNICÍPIO IDEB 2011

SAO JOSE DE RIBAMAR - EM LICEU RIBAMARENS REDE Municipal - 6

SAO LUIS - COLEGIO UNIVERSITARIO REDE Federal - 6,6

ZE DOCA - EM CLARICE HAICKEL REDE MunicipaL 6,6

ALTO ALEGRE DO MARANHAO UE DOM PEDRO II REDE Municipal 6,4

GRAJAU - EM NOVA ALIANCA REDE Municipal - 6,3

SAO LUIS UE MONTEZUMA REDE Estadual 6,2

SAO LUIS COLEGIO MILITAR 2 DE JULHO REDE Estadual 6,2

BURITI BRAVO UNIDADE ESCOLAR MENINO JESUS REDE Municipal 6,1

ALCANTARA ESC CAMINHO DAS ESTRELAS REDE Federal 6

BURITI BRAVO UNIDADE INTEGRADA MOACIR COELHO REDE Municipal 6

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A formação dos professores e a profissionalização: Necessidade ou coadjuvante no processo de ensino e aprendizagem?

*Cristina Torres Ferreira

Quando proferimos ou ouvimos a palavra formação temos na entonação uma tônica que referencia a afirmativa do sujeito enquanto em construção de idéias e fundamentos para um ofício, dar-nos grosso modo no sentido de formação de professores que os mesmos tenham uma totalidade de competência e habilidade no ofício de ensinar, de modo que as mazelas que pairam sobre a maioria dos professores é a sobrecarga de atribuições que as instituições de ensino exigem.

As práticas educativas sem a profissionalização ao longo dos anos fazem com que professores e governos sintam-se incomodados, o professor em buscar um conhecimento científico que fundamente suas práticas e o governo em reconhecer a importância do professor que não tem a fundamentação mínima, porém com um arsenal de experiência capaz de unido ao conhecimento acadêmico de promover a verdadeira revolução no ensino e consequentemente alavancando os índices reais de aprendizagem.Partindo deste princípio, as inquietações e preocupações com a profissão docente nos remete a pensar a formação acadêmica e a prática pedagógica docente nos alicerces da flexibilidade, pois assim poderá se apoderar dos conceitos científicos necessários e a promover a transformação em saber escolar.

É notório que o homem para viver em sociedade precisa estar em consonância com idéias de um determinado grupo socialcompartilhando ou aberto a participar de uma base cultural comum ao grupo, significa dizer que o educador deve estar no mundo compreendendo seu potencial enquanto formador e em constante formação pelo viés teórico que fundamenta as ações que regem o oficio da formação profissional.
Ato que se da a partir de afirmativas conceituais espontâneos ou pré-concebido, que crescentemente vão dando abertura para a apropriação aos conceitos científicos.

Além das inúmeras diferenças entre professores“formados” pelas vivências e práticas, os quais iniciam a docência na prática de “professor família” que defino como a prática de ensino em casa com as crianças da vizinhança em que se reúnem no quintal para brincarem de aula, daí brota o desejo de ser professor/a e com o passar do tempo transforma-se em alfabetizador, muitas vezes sendo até indicado pelos professores da rede de ensino aos pais dos alunos como opção para atividade de reforço no contraturno, esses formadores anônimos com a simplicidade na prática de ensinar incutem valores e contribuem com a educação.E esses conceitos no tocante aos professores, os permitem transformar-se em verdadeiros pesquisadores, pois, agregado à vasta experiência estão dando espaço para o conhecimento teórico, tornando-se capazes de facilitar a construção do conhecimento pelo alunado, Demo (2002, p. 75) diz que “para aprender é mister pesquisar, elaborar, argumentar, fundamentar, questionar, refazer com mão própria”. Essas são ferramentas fundamentais através das quais o professor conquista seu espaço no cenário educativo.
Diante de tudo isso, é possível entender que teoria e prática estão interligados no que concerne uma educação onde a escola é o ambiente de leiturização capaz de promover despertamento, interesse e conhecimento. TARDIF (2002,p.39) sustenta que “o professor é alguém que deve conhecer sua matéria, sua disciplina e seu programa, além de possuir certos conhecimentos relativos à ciências da educação e à pedagogia e desenvolver um saber prático baseado em sua experiência cotidiana com os alunos”

A prática e o processo de aperfeiçoamento/conhecimento teórico do educador

As exigências que endossam as constantes discussões a cerca da formação profissional do professor está explicitada na lei de diretrizes e Bases da Educação Nº 9.394/96, que são os critérios para a formação do educador.

Art.61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos. [...] Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a tender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como os objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica , terá como fundamentos:
I- A presença sólida de formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho;
II- A associação entre teoria e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço;
III- Aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades.



Tomando a base legal fica manifesto que a formação docente, por mais que seja reconhecido o valor da pratica pedagógica, requer a formação acadêmica, todavia, por si só também não se completa, e sim, agrega aos saberes práticos, formando um educador capaz de responder as exigências da profissionalização como também promoverno âmbito escolar ações fundamentadas.
Ensinar é criar, propor e construir possibilidades, não há docência sem embasamento teórico, ou seja, não pode ser um bom educador o que não tem propriedade e consistência na hora de incutir conhecimentos na sala de aula, como também, em qualquer atividade docente que se proponha, sem deixar de evidenciar que os educandos são os atores principais que devem ser o coração que move o educador enquanto parte que se juntando aos educandos formam um dos maiores armamentos de aprendizagem, como afirma FREIRE(2006, P. 22) “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” Uma união entre aprendizes com objetivos comuns ensinar e aprender, nesse contexto percebe-se que por amor que seja a titulação do educador, sua “formação” é inacabada, visto que dinâmica de construção e produção do conhecimento é infinita e é levado a buscar cada dia, subsídios que o fará unir teoria e prática numa “arte” que chamado de metodologia resumindo-se em êxito no oficio de educar. . As principais pesquisas em Educação do mundo mostram que um bom professor é capaz fazer qualquer aluno aprender e ainda é capaz de potencializar seus estudantes. O professor é o principal responsável pelo sucesso da aprendizagem e sua atuação em sala é determinante para o desempenho dos alunos.A Secretária de Educação Básica do Ministério da Educação Maria do Pilar reforça dizendo que: "Não existe educação de qualidade sem o bom professor. O professor é o profissional mais estratégico para uma boa aprendizagem, é a peça chave e por isso precisa estar apto para transmitir o conteúdo de forma adequada”, essa forma adequada se resume ao conhecimento teórico e prático.

O saber pedagógico sendo o saber construído no cotidiano, possibilitando a interação do professor com todos os sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, bem como, todo o universo da escola. Tardif (2002), por sua vez, amplia ainda mais nosso olhar, quando nos anuncia as diferentes possibilidades também presentes na composição do arcabouço teórico da formação dos professores que, sabidamente, se constitui de saberes construídos ao longo da história pessoal e profissional dos docentes práticos e de profissão, saberes esses oriundos de diferentes fontes e modos de integração.
Para FREIRE (1996, p.96).

“o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma “cantiga de ninar”. Seus alunos não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dívidas, suas incertezas”
Vale ressaltar também Pimenta, (2002,p. 30 ), “o trabalho do professor é um trabalho inteiro, pois o ato de ensinar, mesmo sendo composto por atividades diversas e podendo ser decomposta metodologicamente, só pode ser desenvolvido em sua totalidade”. Portanto, não é novo o ideário que envolve o conhecimento e a aplicabilidade deste no âmbito escolar, pois tanto o professor quanto o aluno se ensinam constantemente.
Referências
ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa, Formação e PráticaDocente. In:ANDRÉ, M. (Org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na prática dos professores. 2 ed. Campinas: Papirus, 2002.

BRASIL, LDB. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em. Acesso em: 20 de julho de 2012.

DEMO, Pedro. Complexidade e Aprendizagem - a dinâmica não linear do conhecimento. São Paulo; Atlas, 2002.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

______________, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.

NÓVOA, Antonio (Org). Vidas de professores. 2. ed.Porto: Porto, 1995.

PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Didática e Formação de Professores: percursos e perspectivas no Brasil e em Portugal. São Paulo: Cortez, 2002.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
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* Professora Substituta na UFMA e Coordenadora Local do Programa PROFEBPAR Grajaú-MA