terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Questões para análise do filme Como Estrelas na Terra – Toda criança é especial

FILME: Como Estrelas na Terra – Toda criança é especial (no Brasil)
Taare Par Zaamen ( na Índia)
Lançado em 2007 sob a direção do ator Aamir Khan com duração de 165 Min.


1- Como era o papel família de Ishaan antes de descobrir se ele tinha dislexia? Será que a família já desconfiava ou foi uma surpresa quando descobriram?

2- O Professor é antes de tudo um ser humano com sentimentos e na sua atuação precisa ter sensibilidade para procurar entender as especificidades dos seus alunos. Como o Professor percebeu a dificuldade/necessidade de Ishaan?

3- Discorra sobre cada professor que passou pela vida escolar de Ishaan, antes do professor Ram que foi sensível a situação dele.

4- O filme aborda as diferentes formas de aprender se assemelhando as Inteligências Múltiplas de Howard Gardner . Cada um aprende de forma diferente, porque cada pessoa é diferentee com talentos diferentes. Qual o momento do filme que você considera mais latente o fato de que todos somos estrelas e que só precisa de um espaço para brilhar?


5- O Professor Ram usa a frase “Nessa corrida desesperada, alimentam cavalos de corrida, não crianças”. O que ele queria dizer com isso?

6- O filme destaca muitos aspectos importantes referentes ao processo ensino-aprendizagem. Aponte três que sejam mais significativos, na sua opinião.

7- Qual foi a cena do filme que mais tocou você? Justifique.

8- A história do filme nos leva a refletir sobre muitas questões desde a gestão escolar até a prática pedagógica do professor. Qual a lição que você, como futuro professor absorveu para sua vida Profissional e pessoal?




Profª Cristina Torres Ferreira

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Questões para análise do filme: O Triunfo




Para iniciar na docência, o profissional em educação tem que estar preparado, ou pelo menos, conhecer as inúmeras situações que cercam o universo da formação Professo, bem como os desafios do cotidiano na sala de aula e a prática docente.
O Filme Americano O Triunfo, lançado em 2006 sob a direção de Randa Haines com duração de120 minutos, relata os grandes desafios estruturais, sociais e até mesmo epistemológicos a relação entre teoria e prática do professor, deixa bem evidenciado no filme também a relação professor-aluno como fator determinante do ensino e da aprendizagem.

1- O professor deixou sua certeza de sucesso para buscar novas oportunidades. O que você faria na posição do Professor Ron Clark? Deixaria de ser o professor alfabetizador de uma escola para alçar novos desafios na arte de educar?

2- O Professor é antes de tudo um ser humano com sentimentos e na sua atuação precisa ter sensibilidade para procurar entender as especificidades dos seus alunos. Como o Professor percebeu a dificuldade/necessidade de seus alunos?

3- O filme aborda as diferentes formas de aprender se assemelhando as Inteligências Múltiplas de Howard Gardner . Cada um aprende de forma diferente, porque cada pessoa é diferentee com talentos diferentes. Qual o momento do filme que você considera mais latente o fato de que todos somos estrelas e que só precisa de um espaço para brilhar?


4- O filme destaca muitos aspectos importantes referentes ao processo ensino-aprendizagem. Aponte três que sejam mais significativos, em sua opinião.

5- Qual foi a cena do filme que mais tocou você? Justifique.

6- A história do filme nos leva a refletir sobre muitas questões desde a gestão escolar até a prática pedagógica do professor. Qual a lição que você, como futuro professor absorveu para sua vida Profissional?

7- O filme apresenta o diretor da escola como tradicional se assemelhando a teoria de HERBART, já o professor, está dentro das tendências progressistas apresentadas por LIBANEO. Como o professor conseguiu atingir as metas propostas pela gestão da escola sem se deixar influenciar pelo sistema educacional?

8- A família foi determinante na aprendizagem dos alunos, se assemelhando às idéias de Paulo Freire. O professor Ron Clark conseguiu transformar a realidade dos seus alunos bem como do contexto da escola? Ele contribuiu para a mudança estrutural da
sociedade?


Profª Cristina Torres




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sábado, 8 de setembro de 2012

MELHORES ESCOLAS PÚBLICAS DE 1º A 4º ANOS DO MARANHÃO


O MEC (Ministério da Educação) divulgou nesta terça-feira (14) os resultados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2011.

Veja as melhores escolas públicas do Maranhão, segundo os dados.

MELHORES ESCOLAS PÚBLICAS DE 1º A 4º ANOS DO MARANHÃO

fonte: portal UOL



MUNICÍPIO IDEB 2011

SAO JOSE DE RIBAMAR - EM LICEU RIBAMARENS REDE Municipal - 6

SAO LUIS - COLEGIO UNIVERSITARIO REDE Federal - 6,6

ZE DOCA - EM CLARICE HAICKEL REDE MunicipaL 6,6

ALTO ALEGRE DO MARANHAO UE DOM PEDRO II REDE Municipal 6,4

GRAJAU - EM NOVA ALIANCA REDE Municipal - 6,3

SAO LUIS UE MONTEZUMA REDE Estadual 6,2

SAO LUIS COLEGIO MILITAR 2 DE JULHO REDE Estadual 6,2

BURITI BRAVO UNIDADE ESCOLAR MENINO JESUS REDE Municipal 6,1

ALCANTARA ESC CAMINHO DAS ESTRELAS REDE Federal 6

BURITI BRAVO UNIDADE INTEGRADA MOACIR COELHO REDE Municipal 6

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A formação dos professores e a profissionalização: Necessidade ou coadjuvante no processo de ensino e aprendizagem?

*Cristina Torres Ferreira

Quando proferimos ou ouvimos a palavra formação temos na entonação uma tônica que referencia a afirmativa do sujeito enquanto em construção de idéias e fundamentos para um ofício, dar-nos grosso modo no sentido de formação de professores que os mesmos tenham uma totalidade de competência e habilidade no ofício de ensinar, de modo que as mazelas que pairam sobre a maioria dos professores é a sobrecarga de atribuições que as instituições de ensino exigem.

As práticas educativas sem a profissionalização ao longo dos anos fazem com que professores e governos sintam-se incomodados, o professor em buscar um conhecimento científico que fundamente suas práticas e o governo em reconhecer a importância do professor que não tem a fundamentação mínima, porém com um arsenal de experiência capaz de unido ao conhecimento acadêmico de promover a verdadeira revolução no ensino e consequentemente alavancando os índices reais de aprendizagem.Partindo deste princípio, as inquietações e preocupações com a profissão docente nos remete a pensar a formação acadêmica e a prática pedagógica docente nos alicerces da flexibilidade, pois assim poderá se apoderar dos conceitos científicos necessários e a promover a transformação em saber escolar.

É notório que o homem para viver em sociedade precisa estar em consonância com idéias de um determinado grupo socialcompartilhando ou aberto a participar de uma base cultural comum ao grupo, significa dizer que o educador deve estar no mundo compreendendo seu potencial enquanto formador e em constante formação pelo viés teórico que fundamenta as ações que regem o oficio da formação profissional.
Ato que se da a partir de afirmativas conceituais espontâneos ou pré-concebido, que crescentemente vão dando abertura para a apropriação aos conceitos científicos.

Além das inúmeras diferenças entre professores“formados” pelas vivências e práticas, os quais iniciam a docência na prática de “professor família” que defino como a prática de ensino em casa com as crianças da vizinhança em que se reúnem no quintal para brincarem de aula, daí brota o desejo de ser professor/a e com o passar do tempo transforma-se em alfabetizador, muitas vezes sendo até indicado pelos professores da rede de ensino aos pais dos alunos como opção para atividade de reforço no contraturno, esses formadores anônimos com a simplicidade na prática de ensinar incutem valores e contribuem com a educação.E esses conceitos no tocante aos professores, os permitem transformar-se em verdadeiros pesquisadores, pois, agregado à vasta experiência estão dando espaço para o conhecimento teórico, tornando-se capazes de facilitar a construção do conhecimento pelo alunado, Demo (2002, p. 75) diz que “para aprender é mister pesquisar, elaborar, argumentar, fundamentar, questionar, refazer com mão própria”. Essas são ferramentas fundamentais através das quais o professor conquista seu espaço no cenário educativo.
Diante de tudo isso, é possível entender que teoria e prática estão interligados no que concerne uma educação onde a escola é o ambiente de leiturização capaz de promover despertamento, interesse e conhecimento. TARDIF (2002,p.39) sustenta que “o professor é alguém que deve conhecer sua matéria, sua disciplina e seu programa, além de possuir certos conhecimentos relativos à ciências da educação e à pedagogia e desenvolver um saber prático baseado em sua experiência cotidiana com os alunos”

A prática e o processo de aperfeiçoamento/conhecimento teórico do educador

As exigências que endossam as constantes discussões a cerca da formação profissional do professor está explicitada na lei de diretrizes e Bases da Educação Nº 9.394/96, que são os critérios para a formação do educador.

Art.61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos. [...] Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a tender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como os objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica , terá como fundamentos:
I- A presença sólida de formação básica, que propicie o conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho;
II- A associação entre teoria e práticas, mediante estágios supervisionados e capacitação em serviço;
III- Aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades.



Tomando a base legal fica manifesto que a formação docente, por mais que seja reconhecido o valor da pratica pedagógica, requer a formação acadêmica, todavia, por si só também não se completa, e sim, agrega aos saberes práticos, formando um educador capaz de responder as exigências da profissionalização como também promoverno âmbito escolar ações fundamentadas.
Ensinar é criar, propor e construir possibilidades, não há docência sem embasamento teórico, ou seja, não pode ser um bom educador o que não tem propriedade e consistência na hora de incutir conhecimentos na sala de aula, como também, em qualquer atividade docente que se proponha, sem deixar de evidenciar que os educandos são os atores principais que devem ser o coração que move o educador enquanto parte que se juntando aos educandos formam um dos maiores armamentos de aprendizagem, como afirma FREIRE(2006, P. 22) “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” Uma união entre aprendizes com objetivos comuns ensinar e aprender, nesse contexto percebe-se que por amor que seja a titulação do educador, sua “formação” é inacabada, visto que dinâmica de construção e produção do conhecimento é infinita e é levado a buscar cada dia, subsídios que o fará unir teoria e prática numa “arte” que chamado de metodologia resumindo-se em êxito no oficio de educar. . As principais pesquisas em Educação do mundo mostram que um bom professor é capaz fazer qualquer aluno aprender e ainda é capaz de potencializar seus estudantes. O professor é o principal responsável pelo sucesso da aprendizagem e sua atuação em sala é determinante para o desempenho dos alunos.A Secretária de Educação Básica do Ministério da Educação Maria do Pilar reforça dizendo que: "Não existe educação de qualidade sem o bom professor. O professor é o profissional mais estratégico para uma boa aprendizagem, é a peça chave e por isso precisa estar apto para transmitir o conteúdo de forma adequada”, essa forma adequada se resume ao conhecimento teórico e prático.

O saber pedagógico sendo o saber construído no cotidiano, possibilitando a interação do professor com todos os sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, bem como, todo o universo da escola. Tardif (2002), por sua vez, amplia ainda mais nosso olhar, quando nos anuncia as diferentes possibilidades também presentes na composição do arcabouço teórico da formação dos professores que, sabidamente, se constitui de saberes construídos ao longo da história pessoal e profissional dos docentes práticos e de profissão, saberes esses oriundos de diferentes fontes e modos de integração.
Para FREIRE (1996, p.96).

“o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma “cantiga de ninar”. Seus alunos não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dívidas, suas incertezas”
Vale ressaltar também Pimenta, (2002,p. 30 ), “o trabalho do professor é um trabalho inteiro, pois o ato de ensinar, mesmo sendo composto por atividades diversas e podendo ser decomposta metodologicamente, só pode ser desenvolvido em sua totalidade”. Portanto, não é novo o ideário que envolve o conhecimento e a aplicabilidade deste no âmbito escolar, pois tanto o professor quanto o aluno se ensinam constantemente.
Referências
ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa, Formação e PráticaDocente. In:ANDRÉ, M. (Org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na prática dos professores. 2 ed. Campinas: Papirus, 2002.

BRASIL, LDB. Lei 9394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em. Acesso em: 20 de julho de 2012.

DEMO, Pedro. Complexidade e Aprendizagem - a dinâmica não linear do conhecimento. São Paulo; Atlas, 2002.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

______________, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2006.

NÓVOA, Antonio (Org). Vidas de professores. 2. ed.Porto: Porto, 1995.

PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Didática e Formação de Professores: percursos e perspectivas no Brasil e em Portugal. São Paulo: Cortez, 2002.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
____________________________________________________
* Professora Substituta na UFMA e Coordenadora Local do Programa PROFEBPAR Grajaú-MA

terça-feira, 15 de maio de 2012

O mestre da paciência

Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se. Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade. O mestre perguntou: - Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - A quem tentou entregá-lo. Respondeu um dos discípulos. - O mesmo vale p/ a inveja, a raiva e os insultos. Quando não aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma.....a não ser que você permita!!!!!!Conta a lenda que um velho sábio, tido como mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu em sua direção e gritou todos os tipos de insultos. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se. Impressionados, os alunos perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade. O mestre perguntou: - Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? - A quem tentou entregá-lo. Respondeu um dos discípulos. - O mesmo vale p/ a inveja, a raiva e os insultos. Quando não aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma..... a não ser que você permita!!!!!! r Autodesconhecido

O Sábio e a Borboleta

Havia um pai que morava com suas duas jovens filhas, meninas muito curiosas e inteligentes. Suas filhas sempre lhe faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não fazia a mínima idéia da resposta. Como pretendia oferecer a melhor educação para suas filhas, as enviou para passar as férias com um velho sábio que morava no alto de uma colina. Este, por sua vez, respondia todas as perguntas sem hesitar. Já muito impacientes com essa situação, pois constataram que o tal velho era realmente sábio, resolveram inventar uma pergunta que o sábio não saberia responder. Passaram-se alguns dias e uma das meninas apareceu com uma linda borboleta azul e exclamou para a sua irmã: - Dessa vez o sábio não vai saber a resposta! - O que você vai fazer? - perguntou a outra menina. - Tenho uma borboleta azul em minhas mãos. Vou perguntar para o sábio se a borboleta está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar para o céu. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la rapidamente, esmagá-la e assim matá-la. Como conseqüência, qualquer resposta que o velho nos der vai estar errada. As duas meninas foram, então, ao encontro do sábio, que encontrava-se meditando sob um eucalipto na montanha. A menina aproximou-se e perguntou: Calmamente o sábio sorriu e respondeu: - Depende de você... ela está em suas mãos. Assim é a nossa vida, é o nosso presente e o nosso futuro. Não devemos culpar ninguém porque algo deu errado. O insucesso é apenas uma oportunidade de começar novamente com mais inteligência. Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos ou não. Nossa vida está em nossas mãos, como uma borboleta azul. Cabe a nós escolher o que fazer com ela, só a nós; não deixe ninguém interferir nisso. Nunca !!! Autor desconhecido

quarta-feira, 9 de maio de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012


CAPITULO III
A APRENDIZAGEM: CONCEITO E CARACTERÍSTICAS
          

1. CONCEITO DE APRENDIZAGEM
É evidente que o estudo de Psicologia da Aprendizagem precisa ser iniciado
pela compreensão do fenômeno da aprendizagem. O que e a aprendizagem e
quais são suas características? Os estudos e pesquisas cientificas
empreendidas pelos psicólogos, visando responder a estas perguntas,
resultaram no aparecimento de diferentes conceitos e definições de
aprendizagem, conforme as diversas teorias de aprendizagem que se foram
organizando, na base dos fatos investigados.
Em capítulos posteriores destes sumários, serão apresentadas algumas das
teorias da aprendizagem já formuladas e se poderá verificar como os
especialistas divergem no que se refere a natureza dos processos e
mecanismos particulares em jogo na aprendizagem. Entretanto, visando
oferecer uma idéia inicial da complexidade do estudo, da necessidade de
maiores investigações sobre os fatos da aprendizagem, que ainda estão a
requerer muitas pesquisas, serão referidas algumas das formas pelas quais
diversos psicólogos abordam o fenômeno da aprendizagem. Assim, a
aprendizagem tem sido considerada como:
- um processo de associação entre uma situação estimuladora e a resposta,
como se verifica na teoria conexionista da aprendizagem;
- o ajustamento ou adaptação do individuo ao ambiente, conforme a teoria
funcionalista;
- um processo de reforço do comportamento, segundo a teoria baseada em um
sistema dedutivo-hipotetico, formulada por Hull;
-- um condicionamento de reações, realizado por diversas formas, tal Como se
verifica, por exemplo, no condicionamento contiguo de Guthrie ou no
condicionamento operante de Skinner;
- um processo perceptivo, em que se da uma mudança na estrutura cognitiva,
de acordo com as proposições das teorias gestaltistas.
Face a estas formas de considerar a aprendizagem, aqui apresentadas a titulo
de exemplificar e será a intenção de transcrever todas as já formuladas, podese
concluir da dificuldade para conceituar a aprendizagem de forma
inteiramente satisfatória.
Da analise, porem, dos estudos realizados pelos especialistas se pode
conceituar a aprendizagem, de um ponto de vista funcional, como a
modificação sistemática do comportamento, em caso de repetição da mesma
situação estimulante ou na dependência da experiência anterior com dada
situação. Esta noção implica o reconhecimento dos seguintes fatos:
- existência de fatores dinâmicos, como os da motivação, sem o que nenhum
exercício, treino ou pratica se torna possível, pois se o individuo não for
impulsionado a agir, não poderá exercitar-se;
- possibilidade de modificação funcional dos indivíduos, segundo certas
características do ambiente, que se tornam seletivas para dirigir suas reações
aos estímulos ambientais;
- aparecimento de resultados cumulativos ou continuados da pratica.
De um ponto de vista estritamente operacional bastam dois dos caracteres
mencionados - modificação sistemática do comportamento e efeito da pratica
para se conceituar a aprendizagem.
Hilgard assinala que certos problemas nas definições podem, geralmente, ser
resolvidos recorrendo-se a definição de termos e, freqüentemente, é
satisfatório definir a aprendizagem como aquilo que esta de acordo com o
significado usual, socialmente aceito e que constitui parte de nossa herança
comum. Quando devem ser feitas distinções, com maior precisão, devem selas
através de tipos de inferências cuidadosamente especificadas, extraídas da
experimentação.
Assim, a aprendizagem pode ser definida como uma modificação sistemática
do comportamento, por efeito da pratica ou experiência, com um sentido de
progressiva adaptação ou ajustamento. <<Comportamento>>, aqui, não e
tomado apenas no sentido de reações explicitas ou de ação direta sobre o
ambiente físico, como manipular, locomover-se, juntar coisas, separá-las,
construir; mas, também, no de reações simbólicas, que tanto interessam a
compreensão da vida social, observadas em gestos, na fala, na linguagem
gráfica, como, ainda, no de comportamentos implícitos, que as reações
simbólicas vem a permitir, como perceber, compreender, imaginar e pensar de
modo coerente.
Por outro lado, o termo «pratica» não significa a exata repetição de uma reação
qualquer, mesmo porque repetições dessa espécie jamais ocorrem no
transcurso da aprendizagem: pratica significa a reiteração dos esforços de
quem aprende, no sentido de progressiva adaptação ou ajustamento a uma
nova situação que se ofereça.
Desta maneira, foram salientados dois aspectos de suma importância : a
atividade própria de quem aprende e a integração dos modos de ajustamento
em padrões gradativamente mais complexos.
É interessante enfatizar que definir a aprendizagem como «uma mudança de
comportamento>> não se pretende significar qualquer tipo de mudança,
porque, neste caso, poder-se-ia confundi-la com outras mudanças resultantes
de crescimento, maturação, fadiga etc., que se podem dar com a repetição e o
progresso, ou não.
Hilgard apresenta a seguinte definição, que considera como satisfatória para
despertar a atenção sobre os problemas envolvidos em qualquer definição de
aprendizagem:
«Aprendizagem é o processo pelo qual uma atividade tem origem ou é
modificada pela reação a uma situação encontrada, desde que as
características da mudança de atividade não possam ser explicadas por
tendências inatas de respostas, maturação ou estados temporários do
organismo (por exemplo, fadiga, drogas etc.).
Uma analise exaustiva das definições de aprendizagem dos diversos autores
conduzira a conclusão de que a mais geral das definições, abrangendo o
pensamento da maioria deles, poderá resumir-se no seguinte: Aprendizagem a
uma modificação sistemática do comportamento ou da conduta, pelo exercício
ou repetição, em função de condições ambientais e condições orgânicas.
Nesta definição, verifica-se que a modificação do comportamento a uma
variável dependente das condições ambientais e orgânicas, enquanto que
estas ultimas constituem as variáveis independentes, isto e, que ocorrem com
o nosso controle ou não. Podemos, então, dizer: e a relação entre variáveis
dependentes (modificação do comportamento) e variáveis independentes
(ambientais-organicas) supondo-se a atuação de variáveis intervenientes ou
constructos entre essas duas categorias de variáveis.
Do ponto de vista estrutural e funcional ha mais ou menos acordo em que a
aprendizagem seja as modificações que interessam aos sistemas receptores e
efetores, em suas conexões anatômicas e funcionais referentes ao sistema
nervoso central e que foram retidas como pertencentes ao campo da
aprendizagem.
Entretanto, no que se refere à natureza dos processos e mecanismos
particulares em jogo na aprendizagem, isto e, que intervêm no estabelecimento
e conservação dos sistemas de traços e que se podem ser inferidos, e' que
surgem as discussões causadoras das diversas teorias formuladas sobre
A aprendizagem.
II. APRENDIZAGEM E DESEMPENHO
Os mecanismos e processos, temas de discussão no estudo do fenômeno da
aprendizagem, ainda não puderam se constituir como objeto de observação
direta, face ao estagio atingido pela pesquisa cientifica, ate o momento
presente.
A pesquisa no campo empírico tem empregado uma multiplicidade de variáveis
intervenientes, conforme a nomenclatura de Tolman, e constructos, segundo a
orientação de Clark Hull, mas a explicação daquilo que ocorre na intimidade do
sistema nervoso para produzir a aprendizagem continua ainda no plano das
formulações teóricas. Entretanto, o estudo do desempenho, isto é, das
mudanças observáveis, ocorridas no comportamento do individuo que aprende,
possibilita a formulação das hipóteses, das inferências que orientam o cientista,
como também o planejamento das situações de ensino pelo educador.
Conclui-se, portanto, que não se pode confundir aprendizagem com
desempenho, que é o comportamento através do qual se infere a ocorrência da
aprendizagem, uma das muitas variáveis que influenciam o desempenho.
Na realidade, ainda não se descobriu uma forma de observar diretamente a
aprendizagem, pois observamos apenas as condições que antecedem o
desempenho, depois o desempenho propriamente dito e, afinal, as
conseqüências do desempenho.
Podemos referir, como variáveis que antecedem o desempenho, os chamados
estímulos que, em uma conotação ampla, operacional, abrangem tudo aquilo
que precede um ato, inclusive a variável motivação - um rato faminto que
esteve sem comer por determinado numero de horas, por exemplo. O
desempenho será a reação que pode ser medida em tertius de velocidade,
tempo etc.
E, afinal, uma conseqüência do desempenho será a recompense que,
operacionalmente definida, a um acontecimento que se segue imediatamente a
uma reação e incremento a probabilidade desta.
III. CONCEITO ACADÊMICO DE APRENDIZAGEM
Quando se trata de principiantes no estudo de psicologia da aprendizagem,
não parece supérfluo abordar o problema da concepção estreita e acadêmica
da aprendizagem, como também da falsa aprendizagem. A pessoa, não
versada em psicologia, pode ter a tendência a conceber a aprendizagem como
significando apenas adquirir habilidade em leitura, escrita, conhecimentos de
geografia, historia etc. Trata-se de uma concepção estreita de aprendizagem,
que a muito mais do que isso! As pessoas aprendem os valores culturais;
aprendem a desempenhar papeis de acordo com o sexo; aprendem a amar, a
odiar, a temer e a ter confiança em si mesmas; aprendem a ter desejos,
interesses, traços de caráter e de personalidade. Em suma, a aprendizagem
não e apenas a aquisição de conhecimentos ou do conteúdo dos livros, como
pode ser compreendida por uma concepção estreita e acadêmica do
fenômeno, como também não pode se limitar apenas ao exercício da memória.
Toda aprendizagem resulta da procura do restabelecimento de um equilíbrio
vital, rompido pela nova situação estimuladora, para a qual o sujeito não
disponha de resposta adequada (esse equilíbrio vital foi considerado por
Cannon, sendo denominado equilíbrio homeostático). A quebra deste equilíbrio
determina, no individuo, um sentimento de desajustamento, ao enfrentar uma
situação nova, e o único meio de ajustar-se a agir ou reagir ate que a resposta
conveniente a nova situação venha fazer parte integrante de seu equipamento
de comportamento adquirido, o que constitui o que se chama aprendizagem.
A eficiência da aprendizagem esta condicionada à existência de problemas,
que surgem na vida do educando, que lhe dêem a impressão de fracasso e
que o levem a sentir-se compelido a resolvê-los. Na busca e obtenção dessas
soluções, o educando aprende, de fato, e não apenas memoriza formulas
feitas, sem nenhum efeito no ajustamento de sua personalidade.
A aprendizagem envolve o use e o desenvolvimento de todos os poderes,
capacidades, potencialidades do homem, tanto físicas, quanto mentais e
afetivas. Isto significa que a aprendizagem não pode ser considerada somente
como um processo de memorização ou que emprega apenas o conjunto das
funções mentais ou unicamente os elementos físicos ou emocionais, pois todos
estes aspectos são necessários.
IV. CARACTERÍSTICAS DA APRENDIZAGEM
As considerações feitas para a conceituação da aprendizagem facilitaram, sem
duvida, a compreensão de suas características básicas, que serão enunciadas
a seguir e resultam das contribuições das varias teorias da aprendizagem, e
estudadas em capítulos posteriores.
1. Processo dinâmico - Como já ficou bem claro, a aprendizagem não a um
processo de absorção passiva, pois sua característica mais importante é a
atividade daquele que aprende. Portanto, a aprendizagem se faz através da
atividade do aprendiz. E evidente que não se trata apenas de atividade externa
física, mas, também, de atividade interna, mental e emocional, porque a
aprendizagem e um processo que envolve a participação total e global do
individuo, em seus aspectos físicos, intelectuais, emocional e social.
Na escola, o aluno aprende pela participação em atividades, tais como leitura
de textos escolares, redações, resoluções de problemas, ouvindo as
explicações do professor, respondendo oralmente as questões, fazendo
exames escritos, pesquisando, trabalhando nas oficinas, fazendo experiências
no laboratório, participando de atividades de grupo etc. Assim, a aprendizagem
escolar depende não do conteúdo dos livros, nem do que os professores
ensinam, mas muito mais da reação dos alunos a fatores, tais como livros,
mestres e ambiente social da escola. Os métodos de ensino da escola
moderna tornaram-se ativos, suscitando o Maximo de atividade, da parte do
aprendiz, face à caracterização da aprendizagem como um processo dinâmico.
2. Processo contínuo - Desde o inicio da vida, a aprendizagem acha-se
presente. Ao sugar o seio materno, a criança enfrenta o primeiro problema de
aprendizagem : terá que coordenar movimentos de sucção, deglutição e
respiração. As horas de sono, as de alimentação, os diferentes aspectos de
criação impõem, já ao infante, numerosas e complexas situações de
aprendizagem. Na idade escolar, na adolescência, na idade adulta e ate em
idade mais avançada, a aprendizagem esta sempre presente.
A família, a escola e enfim todos os agentes educacionais precisam selecionar
os conteúdos e comportamentos a serem exercitados, porque, sendo a
aprendizagem um processo continuo, o individuo poderá aprender algo que
venha prejudicar seu ajustamento e o bom desenvolvimento de sua
personalidade.
3. Processo global ou compósito> - Qualquer comportamento humano a global
ou «compósito>>; inclui sempre aspectos motores, emocionais e ideativos ou
mentais, que serão estudados em capitulo a parte, como produtos da
aprendizagem. Portanto, a aprendizagem, envolvendo uma mudança de
comportamento, terá que exigir a participação total e global do individuo, para
que todos os aspectos constitutivos de sua personalidade entrem em atividade
no ato de aprender, a fim de que seja restabelecido o equilíbrio vital, rompido
pelo aparecimento de uma situação problemática.
4. Processo pessoal - Ninguém pode aprender por outrem, pois a
aprendizagem a intransferível, de um individuo para outro. As concepções
antigas supunham que o professor, apresentando o conteúdo a ser aprendido,
realizando os movimentos necessários, levava, obrigatoriamente, o aluno a
aprendizagem. Atualmente, a compreensão do caráter pessoal da
aprendizagem levou o ensino a concentrar-se na pessoa do aprendiz,
tornando-se paidocêntrica (o aluno no centro) a orientação da escola moderna.
A maneira de aprender e o próprio ritmo da aprendizagem variam de individuo
para individuo, face ao caráter pessoal da aprendizagem.
5. Processo gradativo - A aprendizagem e um processo que se realiza através
de operações crescentemente complexas, porque, em cada nova situação,
envolve maior numero de elementos. Cada nova aprendizagem acresce novos
elementos a experiência anterior, sem idas e vindas, mas numa serie gradativa
e ascendente.
Este caráter gradativo repercutiu na organização dos programas escolares, na
organização dos cursos e em sua respectiva seriação.
6. Processo cumulativo, com um sentido de progressiva adaptação e
ajustamento social - Analisando-se o ato de aprender, verifica-se que, alem da
maturação, a aprendizagem resulta de atividade anterior, ou seja, da
experiência individual. Ninguém aprende senão por si e em si mesmo, pela
automodificação. Desta maneira, a aprendizagem constitui um processo
cumulativo, em que a experiência atual aproveita-se das experiências
anteriores.
Estas modificações de comportamento, resultantes da experiência, podem
levar a frustrações e perturbações emocionais, quando não se da à integração
do comportamento, isto é, a aprendizagem. Quando, na realidade, a
aprendizagem se realiza, surge um novo comportamento, capaz de solucionar
a situação problemática encontrada, levando o aprendiz a adaptação, ou a
integração de sua personalidade, ou ao ajustamento social. A acumulação das
experiências leva a organização de novos padrões de comportamento, que são
incorporados, adquiridos pelo sujeito. Dai se afirmar que quem aprende
modifica o seu comportamento.

CAMPOS,Dinan Martins de Sousa. psicologia da aprendizagem. petrópolis: Vozes, 1982